Os Orixás e o Dia Mundial da Dança

Hoje, 29 de abril, comemora-se o Dia Mundial da Dança. A dança é uma das mais antigas manifestações corporais do mundo.

 

No Candomblé, a dança está associada aos mitos dos Orixás. Um dos principais motivos do àjoyò Òrìsà (festa dos Orixás), chamado aqui no Brasil de siré Òrìsà (xirê dos Orixás, ou fazer festa, brincar para o Orixá), é dançar para os Orixás. 

 

O xirê é o momento em que através do som dos atabaques, dos cânticos e da dança, os Orixás são invocados para incorporarem nos omo-Orixás (filhos de santo) e para dançarem desfrutando da festa a eles oferecida.

 

Tanto os omo-Orixás quanto os próprios Orixás ao dançarem descrevem suas histórias e reproduzem  suas habilidades e força. A dança de Ogum, por exemplo, refere-se às lutas com espadas. Já Yansã, em uma cantiga especial, dança agitando os braços, fazendo referência à força dos ventos. Em outro momento, ela dança agitando o Ìrùkéré (um pequeno cetro com pelos). Ao agitar este cetro, Yansã demonstra que seu culto está associado à morte e aos ancestrais, por isso ela é considerada a rainha dos Eguns.

 

Então, a dança no Candomblé simboliza a harmonia do físico com o sagrado.

 

Em uma entrevista, Pierre Verger declarou à repórter do Le Monde, Véronique Mortaigne: “O Candomblé é uma religião rara, onde as divindades dançam e convivem com os humanos!”.

 

Como é bom dançar para os Orixás! (Wo dára jó fún nã Òrìsà!)

 

Axé!