Lizza Dias, uma gaúcha com força africana

Gaúcha de Porto Alegre, Lisane Dias começou a cantar ainda criança em festas da sua escola. Músicas, sons, encantavam a menina, que por causa destes talentos, aos 16 anos, obteve sua carteira de musicista profissional pela OMB - Ordem dos Músicos do Brasil, o que a levou a ajudar na formação de um coral para crianças afrodescendentes no Quilombo do Paredão no Rio Grande do Sul. Durante dois anos, Lisiane ministrou oficinas neste Quilombo.

 

Fascinada pela cultura afro, Lisiane se descobriu filha de Yansã através de uma tia, que era Yalorixá, chamada Irai. Estava então aí, explicada sua ligação com a cultura africana e a sua diversidade musical.

 

Na grande Porto Alegre, Lisiane cantou em várias bandas como: Afro-Tchê de axé music e Toque Fatal, uma banda de baile com repertório variado de MPB e músicas internacionais. Participou ainda como backing vocal em shows de renomados cantores nacionais incluindo: Alcione, Leci Brandão, Dudu Nobre e Almirzinho.

 

Vivenciando arte, no ano de 2000, Lisiane dedicou-se a dança e passou a ter aulas de balé, jazz e dança afro no Grupo Afro Gaden de Porto Alegre. Nasceu aí seu interesse pelo jongo.  O jongo é uma dança de roda que era feita pelos antigos africanos que chegaram aqui no Brasil. Para vários pesquisadores o jongo é considerado ‘pai do samba’, pois assim como era o antigo ‘semba’, que em língua umbundo significa umbigada, o jongo também possui passos com umbigada.

 

Em 2003, Lisiane, por sugestão do músico Jorge “poeta” Cidade (da banda gaúcha Produto Nacional Reggae), consultou o numerólogo professor Silvio, que lhe deu o codinome de Lizza Dias.

 

Morando no Rio de Janeiro desde 2006, Lizza Dias atualmente se apresenta com sua banda, no projeto Caboclinhas. Este projeto show abrange músicas e danças, com um repertório variado de samba de raiz, forró, frevo, jongo, afoxé, ijexá, incluindo compositores desconhecidos como: Gege de Itaboraí e Paulinho Show, e também músicas autorais. O projeto Caboclinhas acontece uma vez ao mês na Praça dos Estivadores, na Zona Portuária do Rio.

 

Além do projeto Caboclinhas, Lizza realiza a oficina “Vivência do Jongo”, todas às quintas-feiras às 16h, na Casa da Tia Ciata, no Rio de janeiro. Nestas aulas, ela ensina os alunos a história, passos e cantos ancestrais de antigos africanos que viveram em Quilombos.

 

Axé!